Preso por matar esposa pediu ajuda na TV para achá-la antes de confissão 5934b
Dias antes de confessar o assassinato da esposa em Goiás, em fevereiro, um homem de 43 anos deu entrevista para uma equipe de TV dizendo estar preocupado com o suposto desaparecimento da vítima.
Se as pessoas verem ela perambulando pela rua, que ligue para a gente, que chame a polícia aqui. Que vá lá, pegue ela, leve para um lugar seguro, que converse com ela. Ela está andando, está andando na região, as pessoas têm visto ela bastante”
Após o assassinato da mulher, a esteticista Juscélia de Jesus da Silva, 32, Reginaldo Nunes de Moura também se ou por ela em mensagens de celular, segundo a polícia.
O homem fez o registro policial do desaparecimento da esposa, dizendo que ela tinha saído para uma entrevista de emprego em Goiânia.
O corpo da mulher, dada como desaparecida em 14 de fevereiro, foi encontrado nu e envolto em um saco plástico no município de Abadia de Goiás no dia 19.
Reginaldo, que não foi ao velório da esposa, confessou o crime após inconsistências na versão dada por ele à polícia.
A investigação
- A investigação mostrou que a vítima não pediu um carro de aplicativo, como apontado pelo suspeito à polícia.
- Câmeras de segurança do bairro onde o casal morava, no Recanto das Emas, em Goiânia, mostraram que a vítima não saiu de casa na manhã do sumiço, como dizia o marido.
- A investigação ainda apontou que Juscélia já estava morta quando Reginaldo foi visto chegando em casa em um carro que pegou emprestado do irmão da esteticista. O veículo teria sido usado para levar o corpo até o local da desova, segundo a polícia.
- No mesmo dia, o homem contatou a família da mulher para dizer que ela estava desaparecida.
O delegado responsável pela investigação, João Paulo Mendes, informou que Reginaldo foi preso na terça-feira (21) e confessou que matou a vítima em razão do dinheiro obtido com a venda de um carro da família.
“Segundo o suspeito, eles queriam dar destinos diferentes ao valor recebido. Ele conta que durante uma briga, a vítima teria caído e batido com a cabeça”, afirmou o delegado ao UOL.
A defesa de Reginaldo não foi encontrada. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: UOL